terça-feira, 18 de setembro de 2012

Desenvolvimento de Escores Para Determinação Da Complexidade Das Solicitações Recebidas Por Dois Centros De Informações Sobre Medicamentos (CIM) - TCC Raquel Guerra


   A aluna Raquel Guerra da Silva estagiou no Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do Hospital de Clínicas (HCPA) durante a sua graduação, percebendo que algumas solicitações recebidas pelo centro eram mais complexas do que outras. Isso faz com que a equipe demore mais na elaboração das respostas e precise consultar mais fontes. Para fazer um diagnóstico dessa situação aproveitou o momento do seu TCC e realizou o trabalho “Desenvolvimento de Escores Para Determinação Da Complexidade Das Solicitações Recebidas Por Dois Centros De Informações Sobre Medicamentos (CIM)”. Esse trabalho foi orientado pela Prof.ª Tatiane da Silva Dal Pizzol e co-orientado pela Farm. Luciana dos Santos. A entrada de questões do CIM RS gira em torno de 50 questões por mês. No HCPA, pela presença mais próxima dos profissionais, a média é de 120 questões por mês. Com esse escore é possível organizar melhor a função volume de trabalho VS organização. O projeto é relevante à medida que não há nenhum trabalho semelhante na literatura específica e pode contribuir para a qualificação dos serviços prestados pelos centros de informação. As poucas publicações na área de CIM são da década de 1970 e mais modernas costumam ter atualização a cada 4 anos, somente uma publicação registrou um estudo em que um tipo de escore conhecido determina fatores que afetam o tempo de desenvolvimento de uma resposta, esse da Noruega. Como o trabalho de Raquel era mais amplo, mais dados foram necessários para qualificar seu escore. Para busca de artigos de apoio, foi utilizado principalmente o Pubmed.

A integração do TCC entre os dois CIMs foi possível porque as duas farmacêuticas responsáveis pelos serviços eram as orientadoras do trabalho: a Prof.ª Tatiane do CIM – RS e a Farm. Luciana do CIM – HCPA, por isso a escolha da orientação para o trabalho foi natural e a participação delas foi efetiva.


O escore ainda deve ser validado para que possa passar a fazer parte do dia-a-dia dos serviços, para isso a banca que avaliou o TCC sugeriu algumas alterações no trabalho. Tudo isso significa que, embora o TCC esteja pronto, o escore ainda tem que ser trabalhado pela aluna nas próximas etapas, sendo assim possível finalizar o processo e publicar o artigo. Para que esse ciclo seja encerrado com sucesso, Raquel irá realizar as próximas etapas, o que ainda deverá levar em torno de um ano. A aluna relata que a parte mais trabalhosa foi a digitação de mais de 300 questões (que foram escolhidas de modo aleatório nos dois serviços) e dos demais dados utilizados para a determinação do escore. Raquel também conta que ficou apreensiva em relação à banca, mas que as questões levantadas já constavam no próprio trabalho escrito e recebeu contribuições como o esperado.

Depois da sua formatura, Raquel segue fazendo a ênfase em Análises Clínicas e começa sua vida de profissional farmacêutica em um hospital – como ela tanto desejava.