sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

CALOUROS DA UFRGS FAZEM CAMPANHA PELO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS

Sob a orientação da Prof Irene Külkamp Guerreiro, os calouros da Faculdade de Farmácia da UFRGS foram para o centro histórico de Porto Alegre conversar com a população sobre o Uso Racional de Medicamentos. A campanha contou também com o apoio do Diretório Acadêmico da Faculdade de Farmácia (DAFF) e é promovida pela ENEFAR em todo o Brasil.

Diversos assuntos como o descarte correto de medicamentos, o uso adequado de antibióticos e outras orientações gerais sobre saúde foram repassadas à população promovendo o contato dos estudantes e o público.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Diagnóstico de comunidade como ferramenta para busca de causas de uso irracional de medicamentos - Rodrigo Silveira Pinto



A atuação profissional do farmacêutico vai muito além da produção e dispensação de medicamentos ou das análises clínicas. O perfil investigador em saúde também está presente na prática profissional como se vê no trabalho do mestrando Rodrigo Silveira Pinto. Nele o aluno faz um estudo retrospectivo sobre uma situação de saúde, buscando estabelecer as bases teóricas para realização de diagnóstico de comunidade utilizando dados da assistência farmacêutica.

Inicialmente será realizada revisão sistemática sobre métodos de diagnóstico de comunidade. Pretende-se com ela construir referencial teórico sobre intervenções realizadas pelo mestrando no município de Doutor Ulysses (PR), quando exerceu atividades de gestão da assistência farmacêutica, entre janeiro de 2010 a agosto de 2011. A partir da percepção do uso indiscriminado de anti-helmínticos, iniciou-se uma investigação do porquê desse uso irracional e o planejamento das intervenções necessárias. Analisando laudos da qualidade da água, diálogo com a comunidade, técnicos do serviço de saneamento e gestores municipais chegou-se à conclusão de que o problema estava na barreira de comunicação existente entre a comunidade e o serviço de saneamento, o qual ocasionava inadimplência, que gerava sucateamento do sistema causando perda da qualidade da água. A estratégia criada foi a reformulação da legislação do saneamento, inserindo a comunidade nas decisões do saneamento por meio da estruturação da Conferência Municipal de Saneamento e do Conselho Municipal de Saneamento, órgão este construído de forma paritária, com metade das cadeiras pertencentes a usuários e a outra metade formada por técnicos do serviço de saneamento, técnicos do serviço de saúde e gestores. Realizou-se então a 1ª Conferência Municipal de Saneamento, com a participação da comunidade, gestores, regional de saúde, profissionais de saúde e técnicos do serviço de saneamento local onde foram discutidos assuntos referentes a responsabilidades da comunidade e do serviço em oferecer um saneamento de qualidade.

A primeira análise deixa antever que o modelo biomédico de abordagem da saúde não atende a todas as situações, sendo necessário levar em consideração os determinantes sociais e ambientais da saúde na análise do consumo de medicamentos. A grande questão é como proceder para a realização dessas análises. Pode-se afirmar que de alguma forma o uso racional de medicamentos em nível individual não corresponde, necessariamente, a um uso racional de medicamentos em nível comunitário.

Para a realização desse projeto, Rodrigo que é orientando do Prof. Mauro de Castro, vai reunir documentações pertinentes a esses processos e recontar a história vivida.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Uso de Opióides em Crianças



   O aluno Gabriel Rodrigues Martins de Freitas está concluindo seu mestrado em Ciências Farmacêuticas na UFRGS, sob orientação da Prof.ª Dr.ª Isabella Heineck. O título de sua pesquisa é "Conhecimento e percepção (atitude) dos profissionais da saúde acerca do manejo da dor e uso de opióides na pediatria".

   A pesquisa surgiu do questionamento do Dr. Cláudio Galvão, na época oncologista do HCPA sobre o uso de medicamentos opióides ser mais aceito em crianças com câncer do que em crianças com outras patologias. Gabriel passou então a pesquisar sobre o tema e tentar descobrir o por quê do preconceito dessa indicação terapêutica dentro do próprio HCPA com profissionais ligados a pediatria dentro da UTI Pediátrica, da Oncologia Pediátrica e da Pediatria. Os profissionais de enfermagem, medicina e farmácia (122 ao total) responderam um longo questionário que avaliava a percepção e o conhecimento técnico deles a respeito de opióides utilizados por crianças. O trabalho com os questionários durou cerca de 3 meses e a maior dificuldade foi conseguir pessoas dispostas a responder suas questões.

  Os resultados dessa pesquisa poderão ser conferidos na publicação do artigo que Gabriel está acabando de escrever. O trabalho deverá ser apresentado até março pelo aluno e passar pela banca de avaliação.


sábado, 13 de outubro de 2012

84 CoNEEF


   Estou escrevendo diretamente da cidade de Ceilândia - DF, onde estão ocorrendo parte das atividades do 84 CoNEEF.  E, dessa vez, essa texto sai a quatro mãos. Está colaborando a nossa colega e uma das coordenadoras do DAFF Isis Petry.

   O que é o CoNEEF? O Conselho Nacional de Entidades Estudantis de Farmácia é um encontro dos diretórios e centros acadêmicos de todo o Brasil (das faculdades de Farmácia), realizado trimestralmente obedecendo a um rodízio regional para que o maior número possível de instituições possam participar das discussões.

  O que acontece no CoNEEF? Durante o encontro é proporcionada a integração dos estudantes de Farmácia, a discussão de assuntos relacionados às políticas de saúde no Brasil, às políticas ligadas ao setor farmacêutico e às questões relacionadas ao ensino e pesquisa nas faculdades brasileiras. Além disso, por fazer parte do Movimento Estudantil, também são suscitadas questões de cunho social.

   Por que é importante participar do Movimento Estudantil? Porque os movimentos estudantis costumam ter um papel importante nas questões sociais, nas questões políticas e econômicas, complementando a formação integral do cidadão. Uma vez inseridos nessas discussões, o estudante desenvolve autonomia e senso crítico para tomar posições conscientes e que podem melhorar as condições de vida da sua comunidade.

   Quem patrocina esses eventos? A comissão local do evento recolhe os valores de inscrição dos alunos participantes e promove o evento em parceria com a ENEFAR (Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia). Os próprios Centros e Diretórios Acadêmicos patrocinam a ida de seus membros ao CoNEEF, mas existe a importante participação de outras instituições para viabilizar a viagem dos alunos às cidades onde o evento ocorre. É o caso da AFARGS, do Sindicato dos Farmacêuticos do RS e do CRF-RS (que patrocinaram a ida dos membros do DAFF – Diretório Acadêmico da Faculdade de Farmácia a Brasília). Ou seja, as instituições representativas da classe farmacêutica acreditam na relevância desse tipo de encontro e incentivam a participação dos futuros profissionais.

   A seguir, foto de uma das plenárias do evento, na UnB - Campus Darcy Ribeiro:


domingo, 30 de setembro de 2012

Farmacêutico na Praça

Projeto "Farmacêutico na Praça" do CRF-RS, Afargs, Sindifars e Angarmag: primeira edição realizada no Parque Farroupilha nesse domingo, em comemoração a Semana Internacional do Farmacêutico. Foram realizados mil testes de glicemia, aferição de pressão arterial, orientação sobre o descarte consciente de medicamentos e consultas farmacêuticas.

Parabéns aos organizadores, ao alunos voluntários e aos Farmacêuticos voluntários!

Algumas fotos do evento (fonte Facebook Renova Inova CRF-RS)








sábado, 29 de setembro de 2012

Salão UFRGS 2012



As palavras do querido Prof. Rui sobre o Salão da UFRGS que se inicia na segunda-feira:

"Prezados estudantes,

De 1º a 5 de outubro estará ocorrendo o Salão UFRGS. Não deixe de participar para além da eventual apresentação de seu trabalho. À disposição, uma programação abrangente nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. Aproveite para conferir as novidades da Feira de Inovação FINOVA, tomar contato com o Campus Internacional e suas variadas oportunidades, discutir questões ambientais, acompanhar as atividades científicas de futuros cientistas no Salão Jovem e assistir às atrações artísticas e culturais. Confira também os temas “Universidade de Classe Mundial” e “Ciberconfluência: redes sociais, mobilidade e educação” que serão abordados em dois painéis com a presença de convidados especiais.

Lembre-se: o Salão está na internet www.ufrgs.br/salaoufrgs2012 , onde você pode acompanhar tudo o que está programado tanto para o Campus Centro como para o Campus do Vale.

Rui Vicente Oppermann
Salão UFRGS 2012
Coordenador geral do Salão UFRGS"

Não dá prá perder, né? 

Assiste aí o vídeo de divulgação:



terça-feira, 18 de setembro de 2012

Desenvolvimento de Escores Para Determinação Da Complexidade Das Solicitações Recebidas Por Dois Centros De Informações Sobre Medicamentos (CIM) - TCC Raquel Guerra


   A aluna Raquel Guerra da Silva estagiou no Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do Hospital de Clínicas (HCPA) durante a sua graduação, percebendo que algumas solicitações recebidas pelo centro eram mais complexas do que outras. Isso faz com que a equipe demore mais na elaboração das respostas e precise consultar mais fontes. Para fazer um diagnóstico dessa situação aproveitou o momento do seu TCC e realizou o trabalho “Desenvolvimento de Escores Para Determinação Da Complexidade Das Solicitações Recebidas Por Dois Centros De Informações Sobre Medicamentos (CIM)”. Esse trabalho foi orientado pela Prof.ª Tatiane da Silva Dal Pizzol e co-orientado pela Farm. Luciana dos Santos. A entrada de questões do CIM RS gira em torno de 50 questões por mês. No HCPA, pela presença mais próxima dos profissionais, a média é de 120 questões por mês. Com esse escore é possível organizar melhor a função volume de trabalho VS organização. O projeto é relevante à medida que não há nenhum trabalho semelhante na literatura específica e pode contribuir para a qualificação dos serviços prestados pelos centros de informação. As poucas publicações na área de CIM são da década de 1970 e mais modernas costumam ter atualização a cada 4 anos, somente uma publicação registrou um estudo em que um tipo de escore conhecido determina fatores que afetam o tempo de desenvolvimento de uma resposta, esse da Noruega. Como o trabalho de Raquel era mais amplo, mais dados foram necessários para qualificar seu escore. Para busca de artigos de apoio, foi utilizado principalmente o Pubmed.

A integração do TCC entre os dois CIMs foi possível porque as duas farmacêuticas responsáveis pelos serviços eram as orientadoras do trabalho: a Prof.ª Tatiane do CIM – RS e a Farm. Luciana do CIM – HCPA, por isso a escolha da orientação para o trabalho foi natural e a participação delas foi efetiva.


O escore ainda deve ser validado para que possa passar a fazer parte do dia-a-dia dos serviços, para isso a banca que avaliou o TCC sugeriu algumas alterações no trabalho. Tudo isso significa que, embora o TCC esteja pronto, o escore ainda tem que ser trabalhado pela aluna nas próximas etapas, sendo assim possível finalizar o processo e publicar o artigo. Para que esse ciclo seja encerrado com sucesso, Raquel irá realizar as próximas etapas, o que ainda deverá levar em torno de um ano. A aluna relata que a parte mais trabalhosa foi a digitação de mais de 300 questões (que foram escolhidas de modo aleatório nos dois serviços) e dos demais dados utilizados para a determinação do escore. Raquel também conta que ficou apreensiva em relação à banca, mas que as questões levantadas já constavam no próprio trabalho escrito e recebeu contribuições como o esperado.

Depois da sua formatura, Raquel segue fazendo a ênfase em Análises Clínicas e começa sua vida de profissional farmacêutica em um hospital – como ela tanto desejava.